quarta-feira, 21 de julho de 2010

Vamos pensar um pouco?

Bom dia!

Faz tempo que não escrevo no blog. Confesso que às vezes desanimo um pouco, pois ainda falta muita boa vontade nas pessoas em conhecer um pouco mais sobre a alergia alimentar.

Pessoas adoram criticar sem conhecer ou viver o problema.

Gostaria de abordar três assuntos sobre o mesmo tema, porém em diferentes aspectos.

1º- O “Fantasma” da Alergia Alimentar.

Segunda-feira, dia 19 de julho, minha Beatriz completou seis meses de reintrodução do leite de vaca. Tudo caminha bem, porém vez ou outra o fantasma da alergia volta a atacar. Explico:

Acho que quem viveu sob a pressão que vivi por mais de um ano, nunca, digo nunca mesmo, conseguirá pensar em uma simples gripe, quando sua filha inicia uma simples coriza.

A primeira palavra que vem a cabeça em situações como essa é: ALERGIA.

Tenho lutado contra esse fantasma há seis meses, e ele me persegue a cada segundo. Não consigo deixar de ter todos os cuidados profiláticos que tive durante o período de dieta do leite de vaca.

Continuo “revirando” os cocos diários, caçando manchas e outras coisas em sua pele, lendo rótulos, os anti-histamínicos continuam em lugar cativo dentro da bolsa a cada saída de casa.

Claro que não fico mais surtada a todos os momentos, porém penso: Até quando acordarei um único dia sem pensar em ALERGIA?

Esses dias a Bárbara, pediatra, hebiatra e mãe do pequeno Gustavo, portador de Alergia Alimentar, postou na comunidade MFAL um tópico interessante, falando sobre o lado bom da alergia.

Bom, trocando em miúdos, não que eu seja a eterna mãe surtada, mas a alergia muda completamente a vida de uma mãe, não resta dúvidas.

2º - Traços... Amor ou ódio? Dá pra ignorá-los?

Desde março mudei minha conduta a respeito de comentar em tópicos em comunidades sobre alergia ou questionar tratamentos.

Sou uma mulher com 35 anos de idade, extremamente séria, controladora, obstinada, compulsiva e por vezes muito impulsiva. Isso estava me atrapalhando muito, pois nem todo mundo interpreta de maneira amigável uma crítica e nem toda crítica é feita de maneira correta. Não devemos impor nossas opiniões e convicções, apenas alertar de maneira sutil, partindo disso, cabe a pessoa aceitar, estudar e reconhecer se é válida ou não a crítica recebida.

Confesso que não estava sabendo lidar bem com essas diferenças e isso me fez mal e me afastou um pouco das pessoas. Ainda bem que percebi e cortei rápido.

O que quero dizer com isso?

Bom, sabemos que os médicos estudaram por anos a fio até chegarem a um patamar de conhecimento, que por vezes julgamos muito mais alto que o nosso, porém vejo mães seguindo a risca todas as determinações de médicos. Isso me entristece muito, pois a grande maioria dos médicos ignora completamente os malditos TRAÇOS.

Gente vamos colocar a mão na consciência, se eu tenho um filho com um RAST positivo, não importando o grau dele, posso dar traços ao meu filho, por que simplesmente o médico disse que pode?

Pois então, vejo várias mães rodando em círculos, com filhos cheio de sintomas, se culpando, entupindo a criança de ATBs, corticóides e anti-histamínicos, quando seria muito simples uma retirada completa do que faz mal, os malditos traços.

Mães de Alérgicos: MÉDICO NÃO É DEUS!

Devemos confiar nos médicos? Sim, devemos, porém até que ponto?

Acho que pra todas as ações que tomamos em nosso cotidiano, temos que pesar os prós e contras.

Se os traços não fazem sintomas “aparentes” no filho da Fulana, não quer dizer que também será assim com meu filho.

Se fossemos todos iguais, não teríamos línguas, religiões, pais e casas diferentes. Cada ser humano é único e deve ser tratado com tal.

Pensem a respeito e revejam seus conceitos sobre os traços.

3º - SÍNDROME DA MÃE DE ALÉRGICO SURTADA

Bom, assim como temos mães que ignoram os traços, temos aquelas que vêem alergia até na sombra do filho.

Canso de ver todos os dias mães cortando: óleo de soja, becel, amido de milho, lecitina de soja, fermento em pó e outros mais.

Gente, cuidado para não tornar a dieta restritiva ainda mais difícil.

É muito, muito raro algum alérgico reagir a esses alimentos, acontece sim, porém é raro.

Vamos com calma, ok?

3 comentários:

  1. Vc. falou que não devemos confiar 100% nos médicos, que eles não são Deus.....eu amiga infelismente com tudo que vivi, presenciei, li e ouvi infelismente sofro com o outro lado, fiquem muito descrente de médicos, ao menos qdo. o assunto é alergia a impressão que tenho é que eles são leigos, isso tb. é ruim a falta de confiança, ou seja voltamos para aquela tedla do "08 ou 80".
    Quanto aos vários tipos de mães, é muito complicado mesmo, sem falar no fator família dando pitacos, o máximo que podemos é dividir as experiências, agora se a "pessoa" vai seguir ou não é outra estória, e daí só acabamos nos estressando mais ainda, mesmo assim acho muito importante essa troca de experiência, pense que vc. faz a sua parte.
    Bjs.

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  2. Concordo com você quando diz que não devemos confiar cegamente nos médicos.Mas em quem confiar quando os médicos são as únicas pessoas a nos orientar????

    Digo isso porque nem todas as pessoas têm acesso a internet ou outro tipo de informação sobre o assunto. Eu mesma só fui saber da gravidade de uma alergia alimentar quando meu filho foi diagnosticado como alérgico e comecei a pesquisar sobre o assunto. E mais ainda quando achei a comunidade MFAL.

    Até então nunca tinha ouvido falar de traços ou coisa parecida. E olha que fui em 4 médicos diferentes.

    Até hoje lendo os relatos de algumas mães descubro coisas que nunca imaginei.
    Quase não posto muito pois tenho vergonha de perguntar coisas banais e levar alguma marretada rsrsrsrs..... Mas gostaria de te pedir que não deixe de fazer seus comentários nos tópicos, pois é muito importante para nós (mães iniciantes no assunto) ouvir o que tem a dizer as pessoas mais experientes. Até mesmo para saber quando seguir o que mandam os médicos ou não. Só tenha um pouco de paciência conosco. Bjos
    Ps: Adoro suas receitas e algumas delas estão fazendo toda a diferença em minha vida de mãe que quer continuar amamentando.

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  3. Mi, assino embaixo do que vc disse sobre os médicos! Vc sabe toda a minha saga né, e hj, se fosse pelos médicos, Betina estaria tomando leite e remédio para refluxo, pois todos diziam q tinha refluxo mais alergia, e eu, teimosa q sou, estou firme na nossa dieta e ela, livre de remédios. Para mim, médicos são apenas companheiros, que vão me auxiliar no caminho q eu escolher para a minha filha, mas jamais determinar qual o caminho. E por isso tenho certeza q, apesar de Betina não comer td q existe td no mundo, está mto bem alimentada e vivendo uma vida bem natural...

    Enfim, vejo mtas mães num caminho difícil, com filhos sofrendo demais, pq acreditam q, se o médico falou, tá falado...ai ai, isso me dá uma tristeza sem fim...

    No mais, acho q o mundo alérgico precisa de mães como vc, como a Marcia, a Fernanda. Mães q falam, q alertam, q abrem nossos olhos.

    Mil bjos com mto carinho,
    Elo e Betina.

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